O Tempo passa sem parar, como um rio que corre em direcção ao mar, dissipa-se nas brumas da Memória colectiva... É o Tempo que serve a memória ou é a memória que serve o Tempo?
Há
filmes assim. Filmes cuja simplicidade do argumento os torna em poderosos
dramas difíceis de esquecer ou até mesmo de ignorar. Filmes que se tornam em
retratos de tal força que se tornam, com o tempo, incontornáveis, obrasfundamentais na obra de um realizador, actor,
actriz, produtor, argumentista ou até do mais simples técnico. “Deliverance –
Fim-de-semana alucinante”, foi uma dessas obras.
Quatro
homens de negócios decidem fazer um fim-de-semana radical. Pretendem descer, de
canoa, o Rio Cahulawassee, antes que este e o vale que o circunda sejam
inundados pela construção duma barragem. Tudo corre bem até os aventureiros se
aperceberem de que, para além do próprio rio, existem outros perigos á
espreita.
O
filme começa com as personagens em “voz off” a discutirem sobre o
desaparecimento dos habitats naturais e a corrupção da sociedade moderna,
enquanto o genérico decorre sobre imagens da destruição desses mesmo habitats,
neste caso, o desaparecimento do Rio Cahulawassee, a sua planície e a pequena
cidade de Aintry, onde irá terminar a viagem dos quatro amigos.
Logo
desde o início, pouco depois da cena antológica do duelo musical entre Drew e
um rapaz local (o tema “Duelling Banjos”, ganhou um “Grammy”, em 1974, pela
Melhor Performance Instrumental de Música Country), até á última imagem do
filme ( a mão (de quem?) que se ergue do fundo do lago), vamo-nos apercebendo
que aquele não será um passeio fácil, quer seja pela ameaça dos habitantes
locais (a espingarda que se vê ser colocada numa viatura ou a visão ameaçadora,
pouco antes de começar a descida do rio, por entre as árvores, dos mesmos habitantes),
quer seja pelos próprios aventureiros a quererem demonstrar, totalmente
vulneráveis contra um meio ambiente hostil, a sua masculinidade.
Nunca
um rio, aparentemente calmo, foi tão ameaçador como este e uma vez mais
apercebemo-nos disso na cena em que, pouco depois de se iniciar a descida, as
canoas passam por baixo duma ponte na qual se encontra o rapaz e o seu banjo que
os olha com ar de preocupação sem responder aos acenos e sorrisos de Drew.A partir deste ponto acabam os últimos traços
de civilização e começa uma jornada através do desconhecido.
O
rio, de certa maneira, personifica as forças da natureza que muitas vezes
empurram os homens para destinos cada vez mais aventurosos, testando as suas
capacidades e onde se evidenciam mais os conflitos entre campo e cidade. Os aventureiros
sentem a necessidade de se entregar (daí o título original “Deliverance”) e se
libertarem do seu próprio mal (fruto da educação citadina) e confrontarem com
forças adversas como a natureza, transformando este “medir de forças” numa quase alegoria biblíca do Antigo
Testamento, do combate entre David e Golias, aqui com consequências diferentes
do confronto de então.
O
tom que John Boorman, realizador conceituado de filmes como “Point Blank – À
Queima-Roupa” (1967) um thriller policial de traição e vingança com Angie Dickinson e Lee
Marvin; ou “Hell in the Pacific – Duelo no Pacífico” (1968), um filme sobre a
luta pela sobrevivência entre dois soldados, um americano e um japonês numa
ilha do pacifico no final da IIª Guerra Mundial e que se pode considerar quase
como um prólogo a “Fim-de-semana Alucinante”, dá ao filme é claustrofóbico e
sombrio e está de acordo com o argumento de James Dickey, ( que interpreta o
xerife de Aintry no final do filme), baseado no seu romance e para o qual
Boorman (não creditado) contribui com algumas ideias. È um exercício
cinematográfico estilizado, filmado ao longo de cerca de 40 milhas ( mais ou
menos 60 quilômetros) de um rio traiçoeiro,ajudado por uma fotografia de cortar a respiração.
O ritmo é
deliberadamente lento para que tenhamos tempo para pensar em tudo aquilo que
vemos desfilar perante os nossos olhos, principalmente, após a violação brutal
a Bobby por dois montanheses que acontece perante os olhos de um Ed
indefesoque só espera que o mesmo não
lhe vá acontecer, percebemos que nunca mais nada será igual para aqueles quatro
aventureiros. Boormans queria que o filme fosse um grande sucesso e como tal
queria os melhores actores para os papéis dos quatro aventureiros: James
Stewart, Marlon Brando, Henry Fonda ou Lee Marvin. Todos recusaram os papéis,
Stewart e Fonda não concordaram com a temática aventureira do filme; Brando e
Marvin achavam-se velhos demais para interpretar qualquer um daqueles papéis e
foi o último que sugeriu ao realizador que usasse actores mais novos.
Ronny Cox, Ned Beatty, Burt Reynolds, Jon Voight
Com
um elenco de excepção, onde se destaca o ex-duplo de cinema, Burt Reynolds,
como Lewis, o mais másculo do grupo e que tudo fará para manter essa imagem,
líder, não assumido do grupo, mas que se vê obrigado a sobressair como tal,
quando os quatro não se conseguem entender sobre o que fazer ao cadáver do
montanhês; Ned Beattye Ronny Cox, ambos
em papéis de estreia, são respectivamente Bobby e Drew, são os elementos mais
fracos do grupo, são homens completamente fora do seu meio ambiente e isso
percebe-se logo desde o início; mais impressionante é Jon Voight, como Ed, o
homem que tem de passar a linha que divideracional do irracional, ele tem que se assumir a sua quota-parte de
homem másculo quando sente que tal é necessário (grande parte do filme, ele
permanece como estando, tal como os seus dois outros companheiros, fora do seu
elemento natural). Ed acaba por ser o mais perigoso dos quatro, porque combina
os doisextremos da natureza humana e
utiliza-os nefastamente para salvar a sua vida e a dos seus companheiros, o que
não muda em nada o facto dele e dos seus amigos personalizarem tudo aquilo que
é condenável aos olhos da sociedade.
“Deliverance”, que tinha custado uns meros 2.000.000 de dólares,foi um enorme sucesso de
critica e de bilheteira. Em 1972, tornou-se o quinto filme mais visto nesse ano
nos Estados Unidos, atingindo um total de 46.000.000 de dólares. No ano
seguinte ainda rendeu mais 18.000.000 de dólares nas salas americanas em que se
manteve em exibição.
Dificil
de classificar, “Deliverance”, não se inclui em nenhum dos géneros habituais,
até porque não tem nenhum dos “clichés” habituais neste tipo de filmes e
dificilmente se conseguirá incluir naquelas visões comportamentalizadas do
mundo, está muito para além disso. Mas duma coisa temos a certeza: é um filme
que atira com todos os conceitos de sociedade pela janela fora e deixa-nos a
pensar.
O
filme foi nomeado para diversos prémios, nomeadamente para cinco Globos de Ouro,
incluindo Melhor Filme Drama e Melhor Realizador e três Oscares da Academia,
incluindo Melhor Filme do Ano e Melhor Realizador, mas ficou-se por ai. Mas ao
longo dos anos, o filme foi adquirindo a sua importância e, finalmente, no
centenário da Sétima Arte integrou a escolha do “American Film Institute100 Years – 100 Thrillers” posicionando-se no
15º lugar.
Em
2008, “Deliverance” foi seleccionado pela Biblioteca do Congresso para Registo
e Preservação no Museu do Cinema dos Estados Unidos, por ser Cultural,
Histórica e Esteticamente significante.
Nota: as imagens e vídeos que ilustram o texto foram retirados da Internet
No início da década de 80, após a conclusão duma
mini-tournée, em Inglaterra, de apresentação do álbum “Platinum”, Mike Oldfield
foi convidado a compor um tema para o programa “Blue Peter”, que estreara em
1979,no canal para crianças da BBC. O
tema foi mantido no programa durante 10 anos. Ainda durante o ano de 1980,
Oldfield dedicou-se á gravação de novos temas que iriam integrar o seu próximo
álbum.
Em
Outubro de 1980, “QE2”, sexto álbum do multi-instrumentista foi editado.
Mantendo amesma via, iniciada com
“Platinum”,este álbum contém, além de
temas originais escritos pelo músico, duas versões “cover”: “Arrival” dossuecos “ABBA”, que adoraram a versão de
Oldfield; e “Wonderful Land” dos “Shadows” que, anos mais tarde, fariam uma
versão “cover” de “Moonlight Shadow” o maior sucesso internacional de Mike
Oldfield.
O
álbum, cujo nome é uma homenagem ao barco da Rainha Isabel II de
Inglaterra,contém também diversos
instrumentais típicos do músico: longos (os fabulosos temas “Taurus I” e “QE2”)
ou mais curtos ( o intenso “Mirage” ou as bonitas covers de “Arrival” e
“Wonderful Land”) ; no álbum tocam, além de Oldfield, que toca grande parte dos
instrumentos, músicos convidados como Phil Collins, baterista e vocalista dos
“Genesis”, Morris Pert, Tim Cross ou Mike Frye, que se tornariam presenças
regulares nos seus álbuns e apresenta também a primeira participação de Maggie
Reilly, como vocalista em grande parte dos temas. Dona duma voz cristalina e
poderosa, a cantora escocesa tornou-se num elemento imprescindível nos álbuns
de Mike Oldfield e nos alinhamentos dos concertos. É um dado adquirido que os
grandes sucessos do músico devem-se, não só á sua grande criatividade musical,
como também á voz de Reilly.
Apesar
do sucesso relativo ( esteve várias semanas no “top 30” de Inglaterra, apesar
de não chegar aos lugares cimeiros), Mikeestava decidido a fazer nova tournée, diferente da que fizera na década
de 70 e que fora um fracasso financeiro.
Nova
mini-tournée, intitulada “European Adventure Tour”, de promoção ao álbum,
decorreu entre Março e Agosto de 1981 e foi um sucesso. A nova formação,
composta de dez músicos e uma vocalista, provou ser a melhor fórmula para Mike
Oldfield. Já o fora na tournée de apresentação de “Platinum” e continuaria a
sê-lo nos anos seguintes, com algumas alterações pontuais de músicos.
Ainda
em 1981, Mike Oldfield foi convidado para compor um tema para o Casamento Real
entre o Princípe Charles e Lady Diana Spencer, intitulado “Royal Wedding
Anthem”.
Foi
durante 1981, queMike Oldfield começou
a pensarnum novo disco. A experiência
de voar num pequeno avião que o transportava a ele e ao seu grupo entre as
cidades escolhidas para actuar, começou a fornecer-lhe ideias para a composição
de novos temas. A constante mudança de sonoridades durante a década de 80 teve
muita influência no álbum, assim como a sua vontade de se afastar dos grandes
temas sinfónicos e ir ao encontro de sonoridades mais diversificadas.
“Five
Miles Out”, o sétimo álbum de Mike Oldfield, foi editado em 1982 e com ele
algumas inovações. O álbum começa com “Taurus II”, continuação, mais longa,
dumtema que surgira no álbum anterior,
aqui mais trabalhado, com cânticos e muitos instrumentos utilizados em álbuns
anteriores, seguem-sedepois temas mais
curtos dos quais se salienta “Family Man”, um tema genuinamente rock com Maggie
Reilly na voz e lançado como segundo single do álbum; seguindo-se “Orabidoo”,
outro instrumental longo. O álbum termina com o tema-título, no qual Mike
Oldfield canta pela primeira vez na sua carreira. O tema foi inspirado num
quase acidente aéreo que Oldfield foi vitíma numa das suas deslocações entre
cidades na tourneé anterior. Maggie Reilly canta com uma voz cristalina
enquanto Oldfield providencia a voz através dum vocoder (deformador de voz).
“Five
Miles Out” revelou-se mais popular do que as suas obras anteriores. Atingindo o
número 7 no top 10 da Inglaterra, permaneceu lá durante 7 semanas. A estrela
comercial de Oldfield começava a despontar. Alguma dessa popularidade deve-se
também á capa do álbum onde podemos ver um modelo antigo do Lockheed 10 a voar
por entre nuvens cinzentas em direcção a um céu mais brilhante onde se podem
ver alguns reflexos de luz solar. Esta capa foi escolhida por Oldfield como
reflexo do receio que o músico tinha de voar.
1983
seria o ano da consagração definitiva do músico. Depois de uma tournée mundial
intitulada “Five Miles Out World Tour 1982, de promoção ao álbum com o mesmo
nome, que decorreu entre abril e dezembro, sem dar mostras de exaustão,
Oldfield e o seu grupo acharam que estava na altura de entrar novamente em
estúdio. Foi durante o sector europeu da tournée que os primeiros temas novos
foram ensaiados e gravados no estúdio móvel que acompanhava o grupo. Entre
novembro de 1982 e abril de 1983, decorreram as gravações dos novos temas.
“Crises”,
título do álbum, viu a luz do dia em maio de 1983 e graças a “Moonlight
Shadow”, primeiro single, editado 15 dias antes, o álbum já era um sucesso. A
voz límpida e cristalina de Maggie Reilly, aliado á guitarra virtuosa de Mike
Oldfield fizeram deste tema o maior sucesso da carreira dele, atingido o número
um em inúmeros países europeus e fora dela onde permaneceu por várias semanas.
Mas o álbum trazia mais novidades.
Desde logo uma capa apelativa, toda ela em
verde, onde se vê uma enorme lua cheia sobre uma torre localizada no meio de
água. No canto inferior esquerdo vê-se a imagem de um homem a olhar para a
torre, apoiado no que parece ser um muro. O músico explicou que ele era o homem
no canto e a torre a sua música. O
tema-título, com a duração de cerca de vinte minutos, é mais uma daquelas
composições que a que Oldfield nos habituou ao longo do tempo: com uma pequena
parte cantada pelo músico (ele que nunca gostara de se ouvir a cantar mas que a
experiência feita no álbum anterior, o convenceu a continuar), no início e
final do tema, ouvimos passagens feitas por sintetizador que nos trazem ao
ouvido a sonoridade da abertura de “Tubular Bells”; “Taurus III” é o fecho de
um ciclo musical iniciado em “QE2” e desta vez é um tema curto executado em
guitarra e diferente das duas partes anteriores; outros temas incluem “Shadow on
the Wall”, cantado por Roger Chapman, cantor de rock e blues; “Foreign Affair”
cantado e co-escrito por Maggie Reillye
“In High Places” cantado por Jon Anderson, vocalista dos “Yes”, conhecido
também pelas aventuras musicais que teve com Vangelis. Questionado, numa
entrevista, sobre como conseguira obter os préstimos de Chapman e Anderson,
Oldfield respondeu que “como frequentamos o mesmo bar, conversámos”. Entre maio
e julho de 1983, Mike Oldfield fez uma tournée pela europa
O
álbum, tal como o primeiro single, foi número um em diversos países, onde se
manteve várias semanas e é o segundo álbum mais vendido de Mike Oldfield.
O
ano de 1984 seria o mais produtivo da longa carreira de Mike Oldfield.
Após
um merecido descanso, depois de duas tounées, Oldfield, que se encontrava na
sua casa, situada a 2000 metros de altitude, nos Alpes Suiços, começou a pensar
no álbum seguinte que pudesse seguir o sucesso dos anteriores. Encorajado pela
“Virgin Records”, a sua editora, para escrever novos temas. Oldfield, com vista
para o Lago Geneva “em dias soalheiros”, pôs mãos á obra e, em junho de 1984,
era editado o novo álbum.
“Discovery”
contém uma série de temas pop. Começa com “To France”, que foi o grande hit do
álbum, com Maggie Reilly na voz, o tema teve aquele título depois de Oldfield
ter tentado dar-lhe o nome de outras cidades europeias mas que não ficavam bem
na letra. Seguiram-se-lhe os temas “Poison Arrows”, com Barry Palmer, vocalista
de diversas bandas britânicas dos anos 70, até se tornar conhecido quando
integrou o grupo alemão de rock progressivo “Triumvirat”, a dar o seu
contributo; “Discovery” o tema-título, desta vez é um tema cantado e não uma
peça longa; “Tricks of the Light” é cantado a duas vozes entre Reilly e Palmer;
“Talk about your life” é outro tema, algo ignorado, em que a voz de Maggie e a
instrumentação de Oldfield e o seu grupo, se completam muito bem; o mesmo
acontece em “Saved by a Bell”; finalmente a fechar o álbum, “The Lake” um
instrumental duma beleza indescritível que Oldfield compôs inspirado na vista
que tinha da sua casa suiça e onde o músico britânico toca todos os
instrumentos, excepto bateria.
A vista inspiradora da casa de Mike Oldfield, na Suiça
O
sucesso do álbum não foi tão grande como o do anterior, apesar de “To France”
tter chegado a número um em alguns países, não demoveu omúsico de fazer a “Discovery Tour 1984”, que
seria também a sua última tournée na década, entre agosto e novembro de 1984.
Ainda
em 1984,a experiência de Oldfield seria
posta á prova.
Contactado
pelo produtor David Puttnam para compor a banda sonora do filme “The Killing
Fields – Terra Sangrenta”, realizado por Roland Joffé e que contava as
experiências de dois jornalistas no Cambodja, durante o regime dos “KmersVermelhos”, no início da década de 70,
Oldfield, cuja música já fora usada para filmes como “O Exorcista” e outras
produções televisivas, aceitou prontamente. Anes de partir em tournée, Mike
Oldfield passou cerca de seis meses a trabalhar na composição da música, mas
quando regressou, os produtores pediram-lhe mais música e a possibilidade de
usar uma orquestra e coro. Entre concertos e o estúdio, o músico passou mais
cerca de três meses a ultimar a produção.
No
final de novembro de 1984 era editada a banda sonora do filme. Inteiramente
composta por Mike Oldfield eorquestrada
por David Bedford. Porém nem toda a música foi usada no filme. De toda a banda
sonora salientou-se o tema “Étude”, um arranjo que Mike Olfield fez dum tema do
compositor espanholdo século XIX,
Francisco Tárrega e que foi um relativo sucesso.
A
banda sonora foi nomeada para diversos prémios musicais, incluindo um “Bafta”
(prémios da Academia de Cinema Britânico), mas ficou-se apenas pela nomeação.
“The Killing Fields” foi a única banda sonora que Oldfield compôs.
A
carreira de Mike Olfield continuou de vento em popa, mas já sem o sucesso que
obteve nas décadas de 70 e 80. Na década de 90, alguma produção inovadora e
exploração contínua de algumas sonoridade já existentes, nomeadamente nos
álbuns “Tubular Bells II” (1992) e “Tubular Bells III” (1998), deram-lhe novo
fôlego para prosseguir a carreira e entrar no século XXI como um dos músicos
mais geniais e criativos da segunda metade do século XX.
Nota: As imagens e vídeo que ilustram o texto foram retiradas da Internet